segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mulheres

Confesso que nunca fui fã do Paulo Coelho... Normalmente não encontro nada novo nos milhentos lugares-comuns que utiliza nas suas epístolas. Hoje, porém, recebi de um amigo este texto e... não é que gostei? Porque será? Será que os homens pensam todos assim?


Opinião de um homem sobre o corpo feminino
Não importa o quanto pesa.
É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheiinhas, femininas... . Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fracção de segundo.
As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem.
Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los. Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.
A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras. A maquilhagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa.
Os cabelos, quanto mais tratados, melhor. As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam connosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulémica e nervosa logo procura uma amante cheiinha, simpática, tranquila e cheia de saúde. Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objectiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em Setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesarianas e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto.
Paulo Coelho

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Quem é cego aqui?



Olá amigos!

Ontem, como desde há 30 anos a esta parte, estive numa mesa de voto. Aconteceu, porém, uma coisa que nunca me tinha acontecido e que acho que merece ser partilhada com mais gente.

Então aqui vai:

Logo que cheguei ao local de voto tive uma agradável notícia: "se algum invisual pretender votar sem auxílio de outra pessoa (como tem acontecido desde 1974) pode votar num boletim em braille"...

Que bom! Finalmente estamos a sair do terceiro mundo! - pensei eu... (naif....)

Quando chegou um invisual para votar foi com o meu maior sorriso que lhe comuniquei a novidade... Depois de elogiar essa moderna medida o eleitor dirigiu-se à cabina de voto e.... começou o problema.... Aquela coisa tinha os partidos em braille (se bem se lembram eram 13) mas depois não tinha uma indicação do local para colocar a cruz...

Enquanto o sorriso se ía apagando da minha boca lá sugeri que a esposa fosse à cabina fazer a cruzinha no sítio certo...

Pronto! Pelo menos o eleitor "leu" os nomes dos partidos... (pensei eu, auto-consolando-me).

E o casal lá foi com a sensação do dever (bem) cumprido...

Mas foi então que o meu único neurónio de loira acordou e disse bem alto: "como vamos contabilizar este voto? alguém aqui sabe ler braille? em que partido votou o senhor?"
Aí começou a confusão...
Afastada a hipótese de chamar um intérprete - que iria invadir a privacidade do eleitor - e depois de telefonemas para a Comissão Nacional de Eleições chegou-se à conclusão que afinal aqueles boletins (em braille) ainda não são válidos para nós (a cauda da Europa), que afinal não está previsto na Constituição, que bla, bla, bla...

Conclusão - telefonámos ao senhor (felizmente Leiria é uma aldeia onde todos se conhecem) e ele cumpriu o seu dever como sempre: com a ajuda de uma pessoa e num boletim igual aos dos outros cidadãos... porque senão a minha mesa teria um grande problema para encerrar a votação e entregar dados correctos à CNE.

Falta dizer que, para além deste episódio trágico-cómico ainda tivémos todo o dia o problema das pessoas que já têm o Cartão de Cidadão (que é suposto substuir o BI, o contribuinte e o cartão de eleitor). É que esses cartões não têm número de eleitor e é impossível procurar alguém nos cadernos sem ser pelo número... Resultado - todos tiveram que ir à Junta de Freguesia pedir o número para votar...

Afinal quem é cego? Quem não vê ou quem finge que não vê? Ou ainda quem não quer ver?

País pequenino este!

Ufa!