sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Retrato de Dorian Grey

Este livro de Oscar Wilde conta-nos a história do jovem Dorian Grey que admira tanto a sua própria beleza (é modelo do pintor Basil Hallward) ao ponto de, perante o seu próprio retrato, exclamar:

"Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário ! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse !... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!"...

Bem a história vai por aí fora até Dorian esfaquear o seu quadro, morrendo ele próprio e ficando o quadro intacto...

Aconselho a lerem o resto do livro, porque agora não tenho tempo para contar mais...


E vem isto a propósito... (dizem vocês e muito bem)... do envelhecimento! Outra vez a idade! Acho que até às comemorações dos meus 50 anos, terão que aturar estas minhas crises da meia-idade (credo! que coisa esquisita de se dizer - meia-idade).

Mas é assim mesmo, amigos, por muito que tentemos agarrar a nossa imagem no quadro das nossas vidas, ela muda! E não há plásticas, nem botox, nem tintas mágicas, que nos façam voltar aos tempos em que pensávamos que pessoas de 30 anos eram "velhas"...


Mas este não é um post triste! Só achei piada às duas imagens abaixo e que são das mesmas pessoas. com 40 anos de intervalo...

Lembram-se certamente do "Música no Coração" e das criancinhas da Família Von Trap...





"The hills are alive with the sound of music

With songs they have sung for a thousand years

The hills fill my heart with the sound of music

My heart wants to sing every song it hears"

(cantem - que vos faz bem!)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Leiria - minha cidade

Já ando há uns tempos para escrever alguma coisa sobre Leiria, que não sendo a minha terra natal, me acolheu há 33 anos e, se Deus quiser, me há-de aturar outros tantos!...
Já pensei escrever sobre a História de Leiria, o Lis, a Rainha Santa Isabel, os usos e costumes..., enfim, Leiria tem pano para mangas e quando não houver imaginação para mais, abordarei um desses temas...
Hoje falarei da Fonte Luminosa. É um grupo escultórico da autoria de Lagoa Henriques, que representa a união do Lis (rio que atravessa Leiria) com o Lena (seu afluente). A sua inauguração data de 1973 e, na época, foi considerado um monumento muito "ousado" (o escultor até teve que reduzir a dimensão de determinado membro que ofendia a moral de então)...
Há dois dias atrás, alguém com a mesma opinião, vestiu cuecas à nossa Fonte Luminosa... Só que não tapou as "partes pudibundas" mas sim os rostos dos pobres Lis e Lena... Arte? Contestação? Puro vandalismo? Diversão? - Ninguém o saberá... mas o fotógrafo captou o momento!...

E aqui estão, meus amigos, dois icones da minha Cidade - o Castelo e a Fonte Luminosa (decorada)...


(esta foto chegou-me às mãos através de um anónimo que eu conheço e que nem que me matem digo quem foi!)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Princesa Maria

E porque há outras princesas tão lindas como as minhas, deixo aqui este momento em que a Princesa Maria foi estrela de TV.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Os meus tesouros

E porque já o devia ter feito, antes dos devaneios sobre as minhas pseudo-crises..., este post é dedicado às minhas filhas, meus tesouros, razão da minha existência, dos meus sorrisos, das minhas lágrimas...





Embora correndo o risco das críticas implacáveis da minha consultora gráfica... é assim que as vejo:

-A Ana como as rosas vermelhas - exuberante, quente, apaixonada, espalhando emoções, roçando o pecado com o seu cheiro sedutor...

-A Mariana como uma rosa cor de chá - discreta, segura da sua beleza sem dar nas vistas, transformando emoção em razão e é preciso "cheirá-la" muito perto para lhe perceber o aroma...

-A Teresa como as rosas do seu nome - pequenina, bela, com aquele cheirinho a bebé que só as mães conhecem...


E como este post é dedicado a elas, ofereço-lhes um dos mais belos poemas alguma vez escrito para um filho


Se (If)


Se podes conservar o bom senso e a calma
Num mundo a delirar, para quem o louco és tu.
Se podes crer em ti com toda a força da alma
Quando ninguém te crê.
Se vais faminto e nu
Trilhando sem revolta um rumo solitário.
Se à torpe intolerância, se à negra incompreensão,
Tu podes responder subindo o teu calvário
Com lágrimas de amor e bençãos de perdão.
Se podes dizer bem de quem te calunia,
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor
Mas sem a afectação de um santo que oficia,
Nem pretensões de sábio a dar lições de amor.
Se podes esperar sem fatigar a esperança,
Sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho,
Fazer do pensamento um arco de aliança
Entre o clarão do inferno e a luz do céu risonho.
Se podes encarar com indiferença igual
O triunfo e a derrota, eternos impostores!
Se podes ver o bem oculto em todo o mal
E resignar sorrindo ao amor dos teus amores.
Se podes resistir à raiva e à vergonha
De ver envenenar as frases que disseste
E que um velhaco emprega eivadas de peçonha
Com falsas intenções que tu!… jamais lhe deste!
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Vaiadas por malsins, desorientando o povo,
E sem dizeres palavra e sem um termo agreste
Voltares ao princípio para construir de novo.
Se puderes obrigar o coração e os músculos
A renovar um esforço há muito vacilante,
Quando no teu corpo já afogado em crepúsculos
Só exista a vontade a comandar – Avante!
Se vivendo entre o povo és virtuoso e nobre,
Se vivendo entre os reis conservas a humildade
Se inimigo ou amigo, poderoso ou pobre,
São iguais para ti à luz da eternidade
Se quem conta contigo encontra mais que a conta,
Se podes empregar os sessenta segundos
De cada minuto que passa em obra de tal monta
Que o minuto se espraia em séculos fecundos.
Então, ao ser sublime o mundo inteiro é teu!
Já dominaste os reis, os templos, os espaços,
Mas ainda para além um novo sol rompeu
Abrindo o infinito ao rumo dos teus passos.
Pairando numa esfera acima deste plano
Sem recear jamais que os erros te retomem,
Quando já nada houver em ti que seja humano,
Alegra-te meu filho…

Então serás um HOMEM!

Rudyard Kipling



terça-feira, 2 de setembro de 2008

As minhas Artes

Neste post vou homenagear três dos meus artistas preferidos: A minha mãe - Milú Ramos - que me ensinou a gostar de poesia e que escreve sobre a "sua" África como ninguém. O meu amigo Carlos Pinto Coelho que, para mim, tem a rara capacidade de fotografar almas (mesmo que ele diga que são pessoas...). O Varatojo, amigo de longa data, que há poucos anos descobriu que sabia pintar e consegue fazê-lo de uma forma estranha - pinta movimento, emoções e musicalidade, sem desenhar uma única figura nítida...
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Foto retirada do site http://www.acontece.net/


A Ti, Negra


A terra raivosa e quente morde-te os pés...

O Sol beija-te os ombros e o colo…

E o teu sacho desce, indolente,às raízes do solo.

Lavras de mandioqueiras!

Como tu, selvagens...livres...trigueiras...

Negra!

Oh! Negra,que pelas lavras te perdes!...

Porque não nasceste verde?

Porque não nasceste verde?!





Foto retirada do site http://varatojoblog.blogspot.com/


Espero que gostem!