quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Os meus tesouros

E porque já o devia ter feito, antes dos devaneios sobre as minhas pseudo-crises..., este post é dedicado às minhas filhas, meus tesouros, razão da minha existência, dos meus sorrisos, das minhas lágrimas...





Embora correndo o risco das críticas implacáveis da minha consultora gráfica... é assim que as vejo:

-A Ana como as rosas vermelhas - exuberante, quente, apaixonada, espalhando emoções, roçando o pecado com o seu cheiro sedutor...

-A Mariana como uma rosa cor de chá - discreta, segura da sua beleza sem dar nas vistas, transformando emoção em razão e é preciso "cheirá-la" muito perto para lhe perceber o aroma...

-A Teresa como as rosas do seu nome - pequenina, bela, com aquele cheirinho a bebé que só as mães conhecem...


E como este post é dedicado a elas, ofereço-lhes um dos mais belos poemas alguma vez escrito para um filho


Se (If)


Se podes conservar o bom senso e a calma
Num mundo a delirar, para quem o louco és tu.
Se podes crer em ti com toda a força da alma
Quando ninguém te crê.
Se vais faminto e nu
Trilhando sem revolta um rumo solitário.
Se à torpe intolerância, se à negra incompreensão,
Tu podes responder subindo o teu calvário
Com lágrimas de amor e bençãos de perdão.
Se podes dizer bem de quem te calunia,
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor
Mas sem a afectação de um santo que oficia,
Nem pretensões de sábio a dar lições de amor.
Se podes esperar sem fatigar a esperança,
Sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho,
Fazer do pensamento um arco de aliança
Entre o clarão do inferno e a luz do céu risonho.
Se podes encarar com indiferença igual
O triunfo e a derrota, eternos impostores!
Se podes ver o bem oculto em todo o mal
E resignar sorrindo ao amor dos teus amores.
Se podes resistir à raiva e à vergonha
De ver envenenar as frases que disseste
E que um velhaco emprega eivadas de peçonha
Com falsas intenções que tu!… jamais lhe deste!
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Vaiadas por malsins, desorientando o povo,
E sem dizeres palavra e sem um termo agreste
Voltares ao princípio para construir de novo.
Se puderes obrigar o coração e os músculos
A renovar um esforço há muito vacilante,
Quando no teu corpo já afogado em crepúsculos
Só exista a vontade a comandar – Avante!
Se vivendo entre o povo és virtuoso e nobre,
Se vivendo entre os reis conservas a humildade
Se inimigo ou amigo, poderoso ou pobre,
São iguais para ti à luz da eternidade
Se quem conta contigo encontra mais que a conta,
Se podes empregar os sessenta segundos
De cada minuto que passa em obra de tal monta
Que o minuto se espraia em séculos fecundos.
Então, ao ser sublime o mundo inteiro é teu!
Já dominaste os reis, os templos, os espaços,
Mas ainda para além um novo sol rompeu
Abrindo o infinito ao rumo dos teus passos.
Pairando numa esfera acima deste plano
Sem recear jamais que os erros te retomem,
Quando já nada houver em ti que seja humano,
Alegra-te meu filho…

Então serás um HOMEM!

Rudyard Kipling



26 comentários:

Anónimo disse...

Albertina

Com três "flores" assim em sua casa, não há lugar a crises.

Que bonitas meninas!

Beijinhos para as quatro (elas e você)

Mrs. Sea disse...

Que lindo esse amor!

São flores assim que embelezam o jardim da sua vida! Rege-as sempre!

Bjins

Carecaloira disse...

Os nossos filhos são o nosso maior tesouro, as mais belas flores mesmo que murchas.
Não há amor como o de mãe por um filho.

Beijinho tia Albertina
Marina

Carecaloira disse...

Ah!
E é claro que as suas filhas são maravilhosas, a tia é de sonho e adorei o poema!!!!

Beijo

Teresa disse...

As suas filhas são maravilhosas, a tia é de sonho e adorei o poema!

beijo

Teresa disse...

(Prima, era assim que ela queria, não era???? Ai se me enganei...)

ahahahahha

Elvira Carvalho disse...

Sempre bom reler o SE... E as filhas são lindas. E por quem bate e sofre o coração de uma mãe, senão pelos filhos?
Um abraço

To e Li disse...

Albertina!!!

Lindo poema!!!
Grande privilégio ser mãe, os nossos filhos são sempre os nossos bebés, que aconchegamos damos colo nos bons e maus momentos.
São três, todas diferentes, mas sempre as tuas meninas.
Hoje foi um dia muito especial!
Gostei muito de te conhecer.
Beijinhos
Linda

Teresa disse...

Amanhã comento a brincar, sim, tia fofa?
Hoje comentei mais a sério, como reparou! Eu e a prima! ahaha

Branca disse...

As sua meninas são maravilhosas, estou a repetir-me porque já lho disse há tempos atràs, mas o texto mostra todo o amor que lhe vai no coração. Tão poético, tão queridas as suas rosas...!
O If de Kiplig é um grande ensinamento para a vida.
Era um dos meus textos preferidos na adolescência e continua a ser.
Afinal ainda não me deitei,nem mesmo com as despedidas de um só boneco.
Mas, agora vou mesmo.
Beijinhos
Branca

Graça Lopes disse...

Não há tesouro maior que os nossos filhos! Tb tenho 3, o Tiago, o Diogo e a Cláudia. Sou uma mãe super vaidosa do seu tesouro! Beijinhos

SQMA disse...

Ainda estou arrepiada de ler o poema, é lindo.
E que lindas as suas filhas, quanto orgulho nós Mães temos nos nossos filhos, não fossem eles a nossa razão de viver.
Que belo jardim o seu, cada flor com o seu encanto, mas todas afortunadas com uma grande mãe. Parabéns!!!

Tia Albertina, esse sorriso da foto é aquele que lhe faltava ontem, trate de o recuperar tem três grandes razões para o fazer.

Beijinho do tamanho do Mundo.

paula machado disse...

olá Albertina

grande poema o seu
e bonito jardim que tem que nunca lhe falte a água para poder regá-lo
mas com esse Amor todo o poço não seca decerteza
que tenha um bom dia e FORÇA

beijinhos do tamanho do Mundo

Teresa disse...

Entre aquilo que lhe pude ir conseguindo balbuciar ontem e aquilo que hoje lhe disse... Esqueci-me de lhe dizer, também, que para mim foi uma honra ter tido o privilégio de privar consigo.
Foi uma honra.

E entre aquilo que lhe consegui balbuciar ontem e o que lhe consegui dizer hoje, ficará sempre tanto e tanto por dizer...

Há uma coisa a que chamam "química"...

beijo imenso.

*

Carlos A. Silva disse...

Olá Belita.
'Tá giro, o teu blogue. Gostei.
Se quiseres dar uma espreitadela ao meu, vai a http://sitiodoshaikais.blogspot.com

*********
Carlos

Albertina disse...

Re-comentando:

Observador - Obrigada pelos elogios (estou babada) e pelos beijinhos... volte sempre.

mrs sea - claro que rego! o amor tem que ser regado, senão morre como as flores...

careca - tu tb és mãe... sabes!

careca e ovo coxo - suas grandes desavergonhadas! onde está o repeito pelos mais velhos, hein????

elvira - sabe que pressenti que ía gostar de reler o Se? Obrigada por tudo!

graça - é tão bom sermos galinhas, não é?

paula - sabem sempre bem esses teus beijinhos do tamanho do mundo...

linda, branca, dani, ovinho - depois de ontem, só posso dizer: obrigada por existirem na minha vida!

carlos - obrigada pela visita... como viste é uma casinha modesta... irei visitar o teu sítio e comentarei certamente.


Beijos a todos os que comentaram e à São Nunes que ainda só consegue escrever no murinho... mas ela há-de conseguir! Vamos ensiná-la!

Albertina

paula machado disse...

olá Albertina

passei para lhe deixar um beijinho de um bom fim de semana cheio de sol nos vossos corações

beijinhos do tamanho do Mundo

Ana João disse...

Oh, Mãe! Nem sei o que dizer. Disseste tudo... e tão bem dito!
Mas esqueceste-te de falar da mais bela flor do nosso jardim. Sabes? Aquela magnífica flor selvagem que apareceu em 59? É tão linda, não é? As pétalas são de veludo (presumo que concebidas no atelier da Chanel); o cheiro é único - doce, requintado, aconchegante. Faz-nos sentir em casa! As folhas, largas, parecem conseguir aguentar com o peso do mundo... parecem um colo em permanência. E que colo! Também tem espinhos. De porcelana. Andaram uns anos na Escola da Justiça - raramente se enganam no dedo que picam! E a cor? Incrivel! Pura luz! E já reparaste quando faz beicinho? É delicioso! Depois basta regá-la com um pouco de mimo, et voilá! Temos uma flor a dançar o tango com mestria!
E já estou para aqui a divagar, quando no final de contas só te queria dizer que te amo. MUITO! E que sei todo esse teu amor em cada gesto teu, em cada palavra - de meiguice ou de protesto-, em cada olhar!
Em relação ao poema que nos ofereces, de facto um ensinamento em cada verso, só te posso prometer que, daqui para a frente, farei os possiveis e impossiveis para ser esse maravilhoso HOMEM!;)
Um beijo muito grande da tua rosa vermelha.

mariana, a miserável disse...

mãe, continuo sem saber o que escrever.
assino o que a ana escreveu em relação à flor que és.
e sim, também gostei do poema.
um beijinho grande perto o suficiente para sentires o meu perfume e saberes que o tenho*=)

Lisa disse...

Albertina,

No dia do nosso encontro, quando cheguei, escrevi um comentário. Hoje ao ler todos os comentários, verifico que não está aqui. Coisas da net…

Adorei o dia 10, conhecer a Albertina foi muito bom. A amiga tem um olhar meigo. Dos mais meigos que alguma vez vi.
Obrigada por ser minha amiga.
Concordo com a minha mana, quando diz que só faltava lá, o sorriso da foto, mas melhores dias virão e, com a força que eu sei que tem, vai em breve voltar a sorrir!

As suas flores, são o seu maior tesouro. Também sou mãe e revejo-me nesse sentimento lindo.

O Comentário da sua “Rosa vermelha”, fez-me arrepiar. Só um coração doce como dela, para conseguir exprimir daquela forma o amor que sente por si. Lindo!!!

Quando começa o seu texto, fala-nos da sua consultora gráfica. Aqui está um post, para nenhuma consultora gráfica pôr defeito.
Parabéns por ser quem é.

Fique bem.

Beijinhos fofos nessa bochechinha... muah, muah

Lisa

Anónimo disse...

tive de interromper o meu descanso (depois falamos dele) para ir ao blog da Brancamar pq hoje faz um ano!
vim aqui deixar um mimo e pedir aquilo que me deu há dias e que não descubro em parte alguma, raio de posts its...

Mande-me o MAIL (sabe qual) para o meu mail do msn, por favor, tia albertina.

Beijosssssssssssssssss

Branca disse...

Olá Albertina,

Vim trazer-lhe um abracinho apertadinho. Ontem despedi-me de si e acabei por não me deitar cedo, não fui logo de seguida ao blog da Ana, mas fui um pouco depois. Que maravilha de texto e de escrita, aquela miúda tem tanto valor, precisa é de o descobrir. Nem de propósito vou já lá outra vez dizer-lhe isto mesmo.
Vou depressa antes que me interrompam.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Branca

paula disse...

linda a tua descrição das princesas...
lindo o poema...
beijinhos de luz
Paula Padinha

paula machado disse...

olá Albertina

passo para lhe deixar um grande beijinho com tudo de bom e que esta semana seja o complemento de domingo
fiquei feliz por Mãe e FILHA terem ido ao cinema

beijinhos do tamanho do Mundo

Elvira Carvalho disse...

Passei. Deixo um abraço

milhafre disse...

três filhas tão especiais so podiam ter uma mãe especial...
é muito bom ver essa vossa união. essa luz toda que dão umas as outras.
este post é uma manifestação linda da força que vos une.

fiquei sensibilizado.

beijo